Nascida em 24 de dezembro de 1900, na ilha das Flores de
Kawai, Havaí, filha de camponeses imigrantes japoneses – os Kawamuru – Hawayo
não foi favorecida com uma estrutura física muito forte. Era esbelta, tinha
1.50m de altura, mãos frágeis, olhos vivos e alegres, motivo pelo qual
costumava pedir a Deus que lhe permitisse fazer com as mãos algum outro tipo de
trabalho que não os agrícolas.
Hawayo trabalhou como bóia-fria na cultura de bambu e de
cana de Açúcar. Posteriormente, por volta de 1914, nas férias escolares
lecionou para alunos de primeiro grau, numa escola religiosa. Trabalhou, ainda,
em um balcão de bebidas gasosas, em Lihue, e depois em uma mansão colonial,
onde permaneceu por muito tempo, como governanta da residência, comandando seus
20 empregados.
Em 10 de marços de 1917 casou-se com Saichi Takata, um jovem
contador que trabalhava na mesma residência. Entretanto, seu marido morreu aos
30 anos de um câncer no pulmão. O excesso de trabalho necessário para a
manutenção de sua família, mais a depressão com a perda de seu marido e sérios
problemas psicológicos, deixaram-na seriamente doente. Aos 35 anos Hawayo havia
desenvolvido problemas pulmonares e um humor abdominal.
Durante a ausência de seus pais, que voltaram ao Japão por
um ano, após 40 anos, uma das irmãs de Takata faleceu, recém casada e com
apenas 25 anos. Morreu de tétano. Acreditando ser uma notícias muito triste
para dar a seus pais por carta, Takata resolveu viajar também ao Japão, onde
aproveitaria para tratar dos seus problemas de saúde, no Hospital Maeda, em
Akasaka, onde seu marido fora tratado antes de falecer.
Em 1935, no Japão, após 10 dias de viagem de barco, foi
descoberto que além do tumor abdominal, Takata tinha pedras na vesícula e
problemas no apêndice, razão da dor intensa no estômago, que a impedia de andar
erguida.
Takata foi intenada para submeter-se a uma cirurgia. Minutos
antes da operação Takata ouviu uma voz que lhe dizia “A operação não é
necessária”. Conversou com seu médico e recusou-se a se operar. Seu médico,
então, indicou-lhe um tratamento de Reiki, na clínica Shinanomachi, do Dr.
Hayashi.
Takata começou a receber tratamento diário e em quatro meses
estava totalmente curada. Havia ganho cinco quilos e parecia estar dez anos
mais jovem.
Durante o tratamento, Takata não entendia como as mãos das
pessoas que a tratavam podiam esquentar tanto e chegou a procurar pilhas
escondidas nos Reikianos.
Hawayo, admirada com sua cura, determinou-se a aprender o
Reiki. Àquela época, entretanto, o conhecimento era inacessível a pessoas
estrangeiras. Somente depois de usar o forte argumento de ter de ajudar os
imigrantes japoneses nipo-americanos e de uma carta do Dr. Maeda, médico que a
operaria e que era tio do Dr. Hayashi, conseguiu a permissão de aprender o
Reiki. Para tal, Takata concordou em permanecer no Japão e trabalhar na
clínica, todos os dias, durante um ano. Ela ficou, com as duas filhas na
residência do Dr. Hayashi e recebeu o Nível I de reiki na primavera de 1936.
Tratou muitos casos diferentes com sucesso e aprendeu que para tratar do
efeito, precisava remover a causa.
Cumpridas com êxito as exigências para o primeiro nível,
Takata recebeu o treinamento do segundo nível e ficou devendo 500 dólares ao
Dr. Hayashi. Voltou então ao Havaí, ainda sem a intenção de profissionalizar-se
no Reiki. Instalou-se com a família, em uma casa de Hilo, onde depois de algum
tempo, durante dez anos funcionou seu primeiro consultório. Sua prática de
Reiki prosperou com rapidez.
Hawayo recebeu em sua casa a visita di Dr. Hayashi e sua
filha, que lá permaneceram durante seis meses proferindo palestra e dando
demonstrações sobre o Reiki. Em 22 de fevereiro de 1938, antes de Hayashi
voltar do Japão, comunicou a seus alunos que Takata, a partir daquele momento
era Mestra de Reiki e estava autorizada a transmitir a técnica. Ela era a
sétima Mestra treinada por Hayashi, a primeira mulher no Ocidente, permanecendo
única até 1970.
Em 1940 Takata sonhou com o Dr. Hayashi e soube que algo
importante estava acontecendo com ele. Resolveu viajar ao Japão. Chegando lá
Dr. Hayashi falou-se da guerra e de sua decisão. Falou-lhe ainda sobre quem
seria o vendedor, para onde ela deveria ir e como deveria proceder para evitar
os perigos da condição de cidadã nipo-americana, com residência no Havaí, tudo
visando a preservação do reiki. Quando todas as providências para a preservação
do reiki foram tomadas, Dr. Hayashi. Ele estava vestindo o mesmo quimono com o
qual aparecera no seu sonho.
Hawayo permaceneu pouco tempo no Japão e seguindo orientação
de seu mestre, embarcou num navio de volta ao Havaí. A fim de ter uma melhor
compreensão dos aspectos físicos e técnicos da anatomia humana, cursou a
Universidade Nacional de Medicina sem medicamentos em Chicago. Tornou-se
uma poderosa curadora e introduziu o método Reiki no mundo ocidental.
Contatando que todas as pessoas que eram iniciadas
gratuitamente no Reiki, não percebiam a grandeza do método, e não lhe davam o
devido valor, passou a estipular preços, para a iniciação dos diferentes níveis
do Reiki.
Contatando que todas as pessoas que eram iniciadas
gratuitamente davam o devino Reiki, não
percebiam a grandeza do método, e não lhe davam o devido valor, passou a
estipular preços, para iniciação dos diferentes níveis do Reiki.
Segundos membros da Usui Reiki Ruoho Hakkai, entretanto,
nunca houve obrigatoriedade de pagamento em espécie para o tratamento de Raiki,
ou para sintonizações. Vários discípulos do Dr. Hayashi, inclusive, pagavam sua
iniciações trabalhando por um tempo na clinica.
Durante trinta anos, Takata ministrou cursos e curou
pessoas, garantindo assim a divulgação do Reiki no mundo. Nesse período sentiu
a necessidade de a totalidade dos ensinamentos e formou 22 mestres,
recomendando-lhes respeitar a liderança de sua neta Phyllis Lei Furumoto
sucessora de Takata, e dando-lhes permissão para formarem novos mestres após
suas morte. Nesta época foi criada a “American International Reiki Association”
– AIRA.
Phyllies Leu Furuoto recebeu ainda menina, o primeira grau
de Reiki diretamente de sua avó – Takata – que lhe ministrava usualmente o
Reiki. Somente após cursar a Universidade, em 1970, quando completou 27 anos é
que foi iniciada no segundo Grau. Em 1979 começou seu treinamento para Mestra.
Takata faleceu em 12 de dezembro de 1980. Phyllies assumiu
inteiramente a responsabilidade e compreensão da posição de sucessora. Conforme
a orientação e determinação de sua avó, reuniu os 22 mestres, após divergências,
comandados por Phyllies Leu Furumoto e criaram em 1983 uma segunda associação
denominada Reiki Alliance. Posteriormente Phyllis desligou-se também dessa
associação, criada por ela mesma.
Atualmente Phyllis, juntamente com Paul Mitchell, outro mestre
formado por Takata que também se desligou da Reiki Alliance, percorrem o mundo
dando seminários, na tentativa de uniformizar e estabelecer regras para o
ensinamento do Reiki, que não o distancie de sua origem.
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